O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha [razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma [parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
. _ . Álvaro de Campos . _ .
[guia didático-existencial do post anterior;
leia-se: da minha alma.]
Fernando Pessoa, como não poderia deixar de ser.
.
2 comentários:
aiaiaiai....
nem preciso falar que me identifico né?
esse é o melhor trecho de todos os tempos, e eu tb to pensando nele com frequencia
;*
Piff...
Nunca mas te vi pelas minhas bandas!
SA-FA-DA!
Hehehehe, dá uma passada lá.
(Claro, nao comparemos meu antro de tosquice com sua oficina de cultura)
Beijoks (putz, que brega isso meu!)
Se sabe quem né?
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