sábado, 16 de junho de 2007

Silêncio calculado...frequências mudas.

É. Infelizmente, não tenho toda essa desenvoltura literária.
Qualquer dia desses, quem sabe.

Ênio Mainardi, meus caros:

O que costumo ouvir desatento é mais interessante que o que me dizem com atenção.

Falam matemática e física, ouço matemática espírita. Não pode ser isso. Recuso. São meus ouvidos loucos, surdos. E fico com a versão dadaísta, impressionista, surrealista.

O louco verbal me atrai mais do que o razoável convencional.

Dessa maneira, afino minha audição para o silêncio calculado, espantado. Fico quieto, observante, atento às palavras passantes.

O que ouço e me faz silencioso são as frases ditas sem palavras. Como os gatos e os cachorros, percebo freqüências mudas.

Meu futuro, meu passado, ecoam fazendo tremer minha intuição apavorada, não desejada. Não quero, prefiro não saber ignorar.

E então volto a sintonizar no mundo real, anormal.

[sim, sim...o nome do blog foi inspirado "nisso" aqui.]

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