segunda-feira, 16 de julho de 2007

Devaneios clichês...e não são todos eles?

De repente, tudo parece estranhamente...fazer sentido. O que é péssimo. Eu sei, não deveria.
É que dá a nítida impressão de atenção distraída, uma espécie de relevância desatenta...como se fosse tudo parte de um indeclinável caos. Invariavelmente. "Não faz sentido. Se faz, é porque não procuraste direito.", diz a vozinha irritante. Ou, talvez, seja esse o sentido...não fazer sentido algum. Clichê? Olha lá a quem chamas clichê, ãhn?...acaba de me ocorrer:

O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra,

Porque o único sentido oculto das cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:
As cousas não têm signidicado: Têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.

[familiar?]

Definitivamente: se a realidade caeiriana existe de fato, eu não passo de uma lunática. Meus pensamentos têm significação demais e existência de menos. Sintomático? Pobres dos loucos.

...qual a parte do "desistir" eu não entendi?

Um comentário:

CarolKat's disse...

lunática!!!


oh, Marx! To be or not to be...