segunda-feira, 24 de setembro de 2007

“If you argue correctly, you’re never wrong”

Começo a questionar-me [dentro de minha vã pretensão...] se expressar-se bem é uma vantagem ou um prejuízo do espírito.

A bem da verdade, não sei como fui tardar tanto a formular uma questão assim tão...elementar.
Talvez exatamente por isso. Ocorre-me a pura figurativização da perfeita simplicidade [representação da minha mágoa e incomunicabilidade eternas do e com o mundo, diga-se de passagem]: a quinta sinfonia de Beethoven...“tã tã tã tã”.
Claro que seria divagar sobre o óbvio dizer que o paralelo entre mim e Beethoven limita-se à simplicidade. E olhe lá. Nada de brilhantismo. Menos ainda de perfeição.

[digressões à parte...]

Já parou pra pensar [pensar?] na capacidade que temos [nós, as pessoas do lado de cá] de arrumar explicações plausíveis para cada uma de nossas ações, decisões, para cada um de nossos rumos? Até quando ficamos incontestavelmente, irremediavelmente, indefensavelmente, incorrigivelmente apáticos, nos convencemos e, pior, também aos outros de que, realmente, no fim das contas, “não havia o que fazer, não é mesmo?”.

Quer saber o que eu acho?
Se existe um efeito fictício, este seria o da melhora.
Além de ser irritantemente irônico, só faz aumentar minha [nossa?] parcela de responsabilidade... ironia digna de Wood Allen, se é que me entende.
E o pior de tudo é que só vejo diminuir minhas [nossas?] portas de saída.
É, continuo esperando que me abram a porta ao pé de uma parede sem porta.
Entrevejo: indefinidamente.

Pára o mundo, que eu quero descer.

Um comentário:

Anônimo disse...
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